Foto: Copel

A Companhia Paranaense de Energia (Copel) concluiu a operação de troca de ativos com a Eletrobras, passando a deter 100% da Usina Hidrelétrica Jayme Canet Junior, conhecida como Usina Mauá. O empreendimento, localizado entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Rio Tibagi, possui capacidade instalada de 363 megawatts e está em operação desde 2012.

Antes da negociação, a Copel já era responsável pela operação da usina e detinha 51% de participação no consórcio com a Eletrobras CGT Eletrosul. Com a transação, a companhia paranaense também assumiu 49,9% de participação na empresa Mata de Santa Genebra, responsável pela concessão de 887 km de linhas de transmissão e uma subestação de grande porte no estado de São Paulo.

Em contrapartida, a Copel transferiu à Eletrobras a totalidade da Usina Hidrelétrica Colíder, localizada em Nova Canaã do Norte (MT), além de realizar um pagamento em caixa no valor de R$ 196,6 milhões. O valor final da operação atingiu R$ 365 milhões, conforme previsto no contrato.

As mudanças de titularidade dos ativos serão oficializadas por meio da assinatura de aditivos aos contratos de concessão. As duas empresas destacam que a operação está alinhada com seus respectivos planos estratégicos.

O presidente da Copel, Daniel Slaviero, afirmou que a reestruturação da carteira de ativos busca maior eficiência operacional e foco em áreas com atuação consolidada da empresa. Segundo ele, o controle integral da Usina Mauá é estratégico para o sistema elétrico paranaense e para a estabilidade do abastecimento na Bacia do Rio Tibagi.

A aquisição total da Usina Mauá representa um movimento estratégico de consolidação regional por parte da Copel, reforçando sua presença no Paraná e no Sudeste brasileiro. Ao mesmo tempo, a saída da Usina Colíder, em um estado fora do seu principal eixo de atuação, indica uma escolha por otimizar recursos e gestão. Embora o negócio envolva alto investimento, o controle completo sobre ativos estratégicos pode gerar ganhos operacionais e financeiros no médio e longo prazo. Cabe agora à companhia garantir que esses movimentos se traduzam em mais qualidade de serviço e retorno sustentável à população e aos investidores.

Fonte: AEN – PR

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