(Foto: Rodrigo Fonseca/CMC)

A Câmara Municipal de Curitiba pretende votar, já na próxima segunda-feira (16), a criação de 70 novos cargos comissionados e funções gratificadas, com impacto financeiro estimado em R$ 460 mil mensais aos cofres públicos. A proposta será apreciada em regime de urgência, com duas sessões em sequência, o que reduz o tempo para debate público ou análise mais aprofundada.

A medida também prevê aumento no número de assessores parlamentares. Se aprovada, cada um dos 38 vereadores da capital poderá ter até 9 assessores — hoje, o limite é de 7. O teto de gastos com pessoal por gabinete subiria para R$ 88.426,80.

Segundo a justificativa da Câmara, trata-se de uma “reestruturação” com aumento discreto no número de comissionados, necessária para atender áreas como Corregedoria, Controladoria, Procuradoria da Mulher, Administração de Contratos e as diretorias de Comunicação, Licitações, Cerimonial e Informática, além dos próprios gabinetes.

Apesar da defesa institucional, o projeto levanta questionamentos sobre prioridades orçamentárias e o custo da máquina pública em um momento de pressão fiscal e demandas urgentes na cidade.

A movimentação acelerada dos vereadores para ampliar estruturas internas e expandir equipes de gabinete, em pleno ano pré-eleitoral, reforça o distanciamento entre discurso de austeridade e prática legislativa. A votação em regime de urgência limita o debate público e pode obscurecer o real impacto da proposta na gestão dos recursos municipais.

Fonte: RIC.COM.BR

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