Fabio Rodrigues-Pozzebom

Apesar do que foi divulgado por portais como UOL e CNN Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não está entre os indiciados pela Polícia Federal no inquérito da chamada “Abin paralela”, que investiga o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência durante seu governo.

Segundo esclarecimentos feitos pela própria PF, há indícios de autoria e materialidade envolvendo Bolsonaro, mas a corporação optou por não formalizar um novo indiciamento, uma vez que o ex-presidente já responde por organização criminosa em outro inquérito — o que, na avaliação jurídica da Polícia, impediria um novo indiciamento com base nos mesmos fundamentos.

A lista oficial de 36 indiciados no caso inclui o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal e ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ). O nome de Jair Bolsonaro não aparece no documento, ao contrário do que foi amplamente noticiado inicialmente.

A CNN Brasil foi a primeira a veicular a informação incorreta, posteriormente repercutida por outros veículos, como o UOL. O portal, inclusive, chegou a destacar o suposto indiciamento na homepage e em postagens nas redes sociais. Posteriormente, o próprio UOL admitiu o erro e explicou que a informação havia sido confirmada por uma fonte da PF — que, no entanto, se equivocou.

O caso escancara os riscos de apuração apressada e erros jornalísticos em temas de alta sensibilidade política. Embora Bolsonaro siga sob investigação e seja mencionado em documentos oficiais, não houve indiciamento formal neste caso. O episódio reforça a necessidade de rigor na checagem de informações — sobretudo quando envolvem figuras públicas de relevância nacional e potencial impacto institucion

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