Foto: SETI-PR

O Governo do Paraná oficializou nesta segunda-feira (16) um acordo internacional com a Nova Zelândia para promover o intercâmbio acadêmico e o desenvolvimento conjunto de pesquisas em áreas estratégicas como tecnologias agrícolas, sustentabilidade, inovação educacional, genômica, economia, arte e cultura, e educação indígena.

O memorando de entendimento (MOU) assinado tem validade de dez anos e prevê cooperação entre as sete universidades estaduais do Paraná e as oito universidades neozelandesas, reconhecidas entre as melhores do mundo, conforme o World Higher Education Database (WHED).

“Essa cooperação estratégica coloca o Paraná em posição de destaque no cenário global de ciência e inovação”, afirmou o secretário em exercício da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Jamil Abdanur Júnior, que assinou o acordo durante missão oficial na Nova Zelândia.

Intercâmbio e pesquisa de ponta

O pacto permitirá a mobilidade de estudantes da graduação e da pós, inclusive com possibilidade de dupla titulação em mestrado e doutorado, além de intercâmbio de professores e pesquisadores. O objetivo é criar redes colaborativas de pesquisa em áreas como agricultura sustentável, biotecnologia, energias renováveis e mudanças climáticas.

A parceria inclui ainda o compartilhamento de laboratórios, implementação de metodologias pedagógicas inovadoras e abertura de editais para bolsas de estudo.

Além dos ganhos científicos, a troca também se estenderá à esfera cultural e social, com atenção especial à educação indígena, área na qual a Nova Zelândia é referência internacional.

Missão brasileira na Nova Zelândia

A assinatura do acordo ocorre no âmbito de uma missão estratégica organizada pela Abruem (Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais), que reúne 34 representantes de instituições de ensino de 20 estados brasileiros e do DF. A delegação visitará campi universitários e centros de pesquisa nas cidades de Wellington, Auckland, Christchurch, Dunedin, Lincoln, Palmerston North e Hamilton.

O grupo é liderado pelo reitor da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Fábio Antonio Neia Martini, que preside a Câmara de Internacionalização da Abruem. Durante as visitas, estão previstas reuniões com autoridades acadêmicas para detalhar a implementação prática do acordo.

Histórico de cooperação

Em 2024, uma comitiva neozelandesa esteve no Paraná para conhecer o Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A visita incluiu encontros na Secretaria de Estado e na Fundação Araucária, além de apresentações de projetos desenvolvidos pelas universidades paranaenses.

A expectativa é que os primeiros editais de intercâmbio e grupos de trabalho bilaterais sejam lançados ainda em 2025, iniciando uma nova fase de internacionalização do ensino superior público paranaense.

Fonte:AEN

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