Foto: Evandro Fadel/SEAB-PR

O protagonismo do Paraná na cadeia de produção de proteínas animais foi celebrado nesta segunda-feira (16) na abertura do Alimenta 2025 – Congresso e Feira Internacional de Proteína Animal, evento que reúne os principais nomes do setor no Campus da Indústria da Fiep, em Curitiba. O encontro, que segue até quarta-feira (18), destaca o desempenho do Estado como líder nacional na produção de carnes e peixes, além de sua atuação estratégica na resposta à recente ocorrência de gripe aviária no Rio Grande do Sul.

Com mais de 2,2 bilhões de frangos abatidos, 12,4 milhões de suínos, quase 629 mil bovinos e a produção de mais de 180 mil toneladas de peixes em 2024, o Paraná reafirma sua posição como maior produtor brasileiro de proteínas animais. As exportações estaduais somaram 2,17 milhões de toneladas de carne de frango, 183 mil toneladas de carne suína, 32 mil toneladas de carne bovina e 7,6 mil toneladas de peixes, consolidando o Estado como um dos principais fornecedores globais do setor.

Licenciamento ágil e defesa sanitária fortalecem cadeia produtiva

Representando o governador Carlos Massa Ratinho Júnior na solenidade de abertura, o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, atribuiu esse desempenho a um tripé estratégico: licenciamentos ambientais ágeis, política de incentivos fiscais e robustez na defesa agropecuária.

“Não é o tempo do licenciamento que garante sua qualidade, e sim a segurança técnica e jurídica envolvida. O Paraná encontrou esse equilíbrio”, afirmou Nunes.

Segundo ele, o governo estadual devolveu mais de R$ 3,7 bilhões em ICMS ao setor produtivo, fortalecendo a competitividade das cadeias produtivas do campo à mesa. A atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) também foi destacada como um pilar essencial para a segurança sanitária e o reconhecimento internacional da produção paranaense.

Setor é motor econômico e estratégico para o Estado

O secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, reforçou que a agropecuária é o principal motor econômico do Paraná e do Brasil, sendo responsável por bilhões de dólares em divisas todos os anos.

“Estamos falando de comida, de um setor que movimenta trilhões globalmente. Chegamos até aqui com visão estratégica, trabalho árduo e compromisso com inovação”, afirmou Ortigara. “Agora o desafio é agregar valor, transformar matéria-prima e garantir rentabilidade e competitividade.”

A produção paranaense registrou, nos últimos seis anos, crescimento de 34% na suinocultura e de 24,4% na avicultura de corte, com expectativa de novos recordes em 2025 após o desempenho histórico no primeiro trimestre.

Fórum estratégico para o futuro das proteínas

O presidente do congresso e do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), Roberto Kaefer, destacou o papel do Alimenta 2025 como espaço estratégico para fortalecer toda a cadeia produtiva das carnes – aves, suínos, bovinos e pescados.

“Vivemos um tempo de transformações rápidas e novas exigências do mercado. A biosseguridade, hoje, é um diferencial competitivo e um verdadeiro patrimônio nacional”, disse Kaefer.

A rápida reação brasileira frente ao foco de Influenza Aviária detectado em maio reforçou a capacidade técnica do setor. Em poucas semanas, o país já está em processo de autodeclaração de área livre da enfermidade.

Fonte: AEN

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