Lula Marques/ EBC

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (13) um recurso apresentado pela Defensoria Pública da União (DPU) que tentava suspender a execução da pena da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Condenada a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, Zambelli já havia fugido para a Itália na semana passada, em tentativa de evitar o cumprimento da sentença.

A decisão reafirma a condenação da parlamentar, acusada de ter ordenado a ação hacker comandada por Walter Delgatti, também sentenciado a 8 anos e 3 meses de prisão. A DPU alegava que ainda havia recursos pendentes e, por isso, a execução da pena seria precipitada. Moraes, no entanto, foi categórico:

“Inexiste a contradição apontada […] buscou a embargante Carla Zambelli, assim como Walter Delgatti, apresentar mero inconformismo com a solução adotada pela turma julgadora.”

Com a fuga de Zambelli, Moraes determinou que sua defesa passasse a ser exercida pela DPU e enviou o pedido de extradição ao Ministério da Justiça. Agora, cabe ao Executivo formalizar a solicitação ao governo italiano.

A rejeição do recurso por Moraes sinaliza o endurecimento do STF diante de tentativas de manobras jurídicas e reforça a gravidade das acusações contra Zambelli. Sua fuga para a Itália adiciona um novo elemento político à crise, que agora envolve articulações diplomáticas para sua extradição.

Fonte: Agência Brasil

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