Diariamente, cerca de 300 mil refeições são oferecidas pela rede municipal de ensino de Curitiba para quase 140 mil estudantes, desde bebês em berçários até alunos do 9º ano do Ensino Fundamental. Mas a alimentação escolar vai muito além do simples ato de servir comida — envolve um cuidadoso processo de seleção, preparo, transporte e monitoramento nutricional.
A Secretaria Municipal da Educação trabalha com duas empresas que fornecem as refeições, sempre sob a supervisão técnica da Gerência de Alimentação, que conta com nutricionistas dedicados a garantir que cada prato atenda aos requisitos de qualidade e valor nutricional.
Segundo o secretário da Educação, Jean Pierre Neto, a alimentação escolar é fundamental para o desenvolvimento saudável das crianças e jovens, influenciando diretamente no aprendizado e no crescimento. Por isso, há treinamentos específicos para os profissionais que atuam nas escolas e CMEIs.
A frequência e quantidade das refeições variam conforme a idade e o tempo que a criança passa na escola. Nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), por exemplo, os pequenos recebem de quatro a cinco refeições por dia, incluindo café da manhã, colação, almoço, lanche e jantar. Para os bebês que ainda estão na amamentação, existem espaços apropriados chamados lactários, onde as mães podem amamentar ou deixar o leite para os bebês.
Já os alunos do Ensino Fundamental que estudam em período parcial recebem uma refeição diária, enquanto os que frequentam o ensino integral são contemplados com até três refeições por dia.
Alimentação equilibrada e adequada
Carolina Sette, nutricionista da Regional Boa Vista, explica que o cardápio escolar é planejado para incluir todos os grupos alimentares necessários para uma dieta equilibrada, como carboidratos, proteínas, legumes, verduras e frutas. Além disso, cada faixa etária tem suas necessidades específicas de calorias, que são respeitadas na composição das refeições, sempre considerando também as normas vigentes para alimentação escolar e as tradições culturais regionais.
No CMEI Abaeté, por exemplo, que atende 160 crianças, os alimentos servidos são bem aceitos pelos pequenos. Cecília, uma aluna, destaca seu gosto pelo arroz e feijão, mas também sabe da importância de consumir carnes e saladas.
A diretora da unidade, Fernanda Rosenstein, ressalta que estimular a autonomia das crianças na hora de montar seus pratos é essencial para o desenvolvimento. Eles aprendem a lavar as mãos e a se servirem sozinhos, com a equipe acompanhando e auxiliando quando necessário.
Controle e suporte técnico
Para garantir a qualidade da alimentação, a Gerência de Alimentação realiza acompanhamento diário em cada unidade escolar, com apoio das equipes regionais da Secretaria da Educação. Também são oferecidos cursos para capacitar os profissionais envolvidos no processo.
Cada escola e CMEI conta com pelo menos quatro colaboradores cadastrados para garantir que a quantidade e qualidade dos alimentos servidos estejam de acordo com o planejado.
Além disso, reuniões periódicas são feitas entre a Gerência de Alimentação e os gestores das unidades para discutir a alimentação escolar.
Dietas especiais
Mais de dois mil estudantes têm necessidades alimentares específicas, como aqueles com diabetes, intolerância à lactose, doença celíaca, vegetarianos, entre outros. Para esses casos, a Secretaria da Educação prepara cardápios personalizados, que são preparados pelas empresas terceirizadas.
As famílias devem informar à escola ou CMEI sobre qualquer restrição alimentar para que o atendimento seja feito de forma adequada.
Quer saber o que está no prato dos alunos? Os cardápios das escolas e CMEIs de Curitiba podem ser consultados online na página oficial da Secretaria Municipal da Educação, na seção “cardápios”.
Fonte: Prefeitura de Curitiba