Foto: Toledo

Moradores de 144 municípios paranaenses receberão, nesta semana, a visita de pesquisadores credenciados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). A mobilização integra a Pesquisa por Amostra de Domicílios do Paraná (PAD-PR), levantamento inédito iniciado em março de 2025, com o objetivo de traçar o perfil socioeconômico da população do Estado.

A expectativa é alcançar 60 mil domicílios em todo o território paranaense até o fim de julho, período previsto para a conclusão das entrevistas. Os dados obtidos irão subsidiar a formulação de estatísticas detalhadas sobre as famílias paranaenses, abordando aspectos como moradia, renda, trabalho, escolaridade, hábitos e alimentação.

Desde o início da pesquisa, 185 municípios já foram visitados. Os trabalhos foram finalizados em 50 localidades, enquanto outras 40 já atingiram 80% da meta de entrevistas previstas. Até o momento, mais de 40 mil residências receberam os pesquisadores, com 28.053 entrevistas efetivamente realizadas. Em cerca de 10.068 domicílios houve três tentativas de visita sem sucesso; nesses casos, foram deixados comunicados para agendamento posterior.

“O levantamento segue em expansão. Já superamos 55% da meta estabelecida e mantemos o planejamento de concluir a coleta até o final de julho. A partir daí, os dados serão analisados e divulgados à sociedade”, explicou o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado.

Os primeiros resultados devem ser apresentados ainda neste ano, por meio de um painel interativo disponível no site do Ipardes, com relatórios, gráficos e tabelas estatísticas. A pesquisa é estratégica para o aprimoramento de políticas públicas, elaboração de projetos e também como referência para investimentos da iniciativa privada.

Triplo de amostragem da PNAD

A PAD-PR é considerada mais abrangente e detalhada do que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do maior levantamento já feito por um governo estadual, com um volume de entrevistas três vezes superior ao da PNAD no Paraná — que normalmente alcança cerca de 20 mil domicílios. Com os dados já coletados, a PAD-PR ultrapassou esse total.

O estudo é financiado com recursos do Fundo Paraná, administrado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), que destina 2% da arrecadação tributária anual do Estado à pesquisa científica e inovação.

Identificação dos pesquisadores

As entrevistas duram, em média, de 10 a 15 minutos. Todos os pesquisadores estão devidamente identificados com coletes do Ipardes, crachá com foto e folhetos informativos sobre a pesquisa. As informações coletadas são sigilosas e protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sendo utilizadas exclusivamente para fins estatísticos. O Ipardes reforça que a colaboração dos moradores é essencial para garantir um retrato fiel das diferentes realidades regionais do Paraná.

Fonte: AEN

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