
O deputado federal Beto Richa (PSDB) anunciou nesta segunda-feira (2), em entrevista à Rádio CBN Maringá, que está escrevendo um livro que vai contar, com detalhes, os episódios que culminaram com sua prisão em 2018, apenas duas semanas antes da eleição para senador, cargo ao qual concorria.
No livro, Richa promete expor “nome e sobrenome” de todas as pessoas envolvidas na sua prisão, incluindo depoimentos de pessoas do seu convívio que teriam sido coagidas, inclusive sob tortura, para envolvê-lo em supostas irregularidades durante sua gestão como governador do Paraná. Todas as acusações contra ele já foram arquivadas.
“Eu não tenho absolutamente nada a esconder. Quero tornar público todos os detalhes dessa grande armação, sórdida, rasteira e cruel, da qual eu e minha família fomos vítimas”, afirmou o deputado.
Richa destaca ainda que o livro será dedicado à sua família e à trajetória política do seu pai, reconhecido nacionalmente pela integridade e participação em importantes lutas democráticas do Brasil. Ele também relembra sua própria carreira: deputado estadual, prefeito de Curitiba — onde teve aprovação recorde — e governador por dois mandatos, com destaque para a gestão financeira e obras no estado.
“Quando saí do governo para a eleição de senador, a duas semanas da eleição, entraram na minha casa e me sequestraram. Sem inquérito instaurado, fui vítima de uma grande arbitrariedade”, disse, ressaltando que até seu adversário político, Roberto Requião, reconheceu a ilegalidade da prisão.
Beto Richa criticou a atuação do Ministério Público na época e disse que as ações prejudicaram sua imagem pública e sua chance de eleição. Ele também citou que sempre foi intolerante com corrupção e que, durante seu governo, encaminhou investigações sobre superfaturamento na educação.
O deputado afirmou que pessoas foram presas e torturadas para tentar incriminá-lo, o que ele considera um crime grave. Ele reforçou que está absolvido em todas as instâncias judiciais, com arquivamentos recentes de ações relacionadas à Operação Quadro Negro.
“Tenho decisões favoráveis no TRF-4, STJ e STF. Estou absolutamente absolvido.”
Fonte: Bem Paraná.