Cidade também não registrou óbitos pela doença em 2025 até agora; resultado é atribuído a plano estratégico, mutirões e tecnologia inovadora

Foto: Banco de Imagem

Curitiba registrou uma queda expressiva de 92% nos casos de dengue nas primeiras 20 semanas de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Os dados da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) mostram que, entre 1º de janeiro e 17 de maio, foram contabilizados 1.217 casos, contra 14.369 no mesmo período de 2024 – uma redução de quase 12 vezes.

Além da queda nos casos, a capital não teve nenhuma morte por dengue registrada em 2025 até agora. Em 2024, sete dos oito óbitos ocorreram justamente até a 20ª semana epidemiológica, considerada o período de maior sazonalidade da doença.

Plano estratégico e resposta coordenada

A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, atribui os resultados à ação articulada da Prefeitura, liderada pelo prefeito Eduardo Pimentel, com envolvimento de diferentes secretarias, setores privados e da população.

“Elaboramos no início do ano o Plano Municipal de Enfrentamento à Dengue, com responsabilidades bem definidas para cada setor da administração. Intensificamos mutirões, instalamos tecnologias como as EDLs (Estações Disseminadoras de Larvicida) e mobilizamos a população com campanhas massivas”, destacou a secretária.

Outro fator apontado foi a oferta de repelentes com preço reduzido nos Armazéns da Família, promovendo maior proteção da população nos meses mais críticos.

Principais ações implementadas

Confira algumas das iniciativas que ajudaram a conter o avanço da dengue em Curitiba:

  • Plano Municipal de Enfrentamento à Dengue (2025-2026): Instituído por decreto (nº 853/2025), com atribuições claras para todas as secretarias.
  • Mutirões: 39 realizados em 2025, com recolhimento de 252 toneladas de entulhos. Em 2024 foram 89 mutirões (1.089 toneladas).
  • Monitoramento por armadilhas: Cerca de 2 mil unidades instaladas (ovitrampas e mosquitraps), além de 1,5 mil EDLs.
  • Uso de drones para fiscalização de áreas de difícil acesso, com possibilidade de autuação e cobrança via dívida ativa.
  • Robô notificador, que agiliza o registro de casos no sistema do Ministério da Saúde.
  • Bloqueios de transmissão com vistorias em um raio de 150 metros de casos confirmados ou suspeitos.
  • Aplicação de veneno (adulticida) em áreas com alta circulação do mosquito.
  • Varreduras casa a casa, remoção e tratamento de criadouros.
  • 108 Agentes de Combate às Endemias atuando com apoio de agentes comunitários de saúde e da Vigilância Sanitária.
  • Campanha publicitária e ações educativas, com ampla divulgação em mídias e espaços urbanos.
  • Vacinação contra a dengue iniciada em 19 de maio pelo SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, priorizando regiões mais vulneráveis.

Alerta: cuidados devem continuar

Apesar dos bons resultados, Tatiane Filipak reforça que a população não deve relaxar nos cuidados, mesmo com a chegada do outono e inverno.

“O ovo do mosquito Aedes aegypti pode permanecer viável por até 450 dias em ambientes secos, esperando contato com água para eclodir. Por isso, seguimos com os mutirões, varreduras e estratégias de monitoramento.”

A vacinação também segue como prioridade e está disponível em unidades de saúde de áreas de maior risco.

Fonte: Prefeitura de Curitiba – https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/casos-de-dengue-caem-92-em-curitiba-com-trabalho-intenso-liderado-pela-prefeitura/77532?utm_content=mldn

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